quinta-feira, janeiro 19, 2006

doida varrida (revisado)


Será que quando atingimos o fundo do poço, sabemos onde estamos?

Alanis Morissette é brega, por definição e estilo.
Todos seus trabalhos são intimistas e cafonas. Ela canta suas angustias e dramas pessoais. Tropeçando entre um semi-hit e outro, meio que sem querer, criou e interpretou o melhor álbum de 1995. Jagged perdura entre os melhores discos de Rock da história. De repente, lá estava a gemia-wannabe no centro do mundo, ganhando uma tonelada de ouro, interpretando horrores em performances hipnotizantes nos palcos de vários cantos do planeta. Tudo isso, vale lembrar, com apenas 21 anos. Ela era Deus.

E foi demais pra ela.

Alanis disse ao que veio ao mundo, e seu reconhecimento precoce foi sua ruína. Todos queriam mais Rock. Ela queria apenas continuar com suas piras.
Foi Morissette quem me despertou pra música e ao fanatismo. Quando lançou Supposed, So-Called e Under ou até mesmo o mega-picareta Jagged Acoustic, muitos reclamaram. Crazy, para os que estavam quietos, foi a gota d’agua.
Todos seus trabalhos seguem uma mesma linha. Apesar de seu primeiro álbum mundial ser obra-prima, outras criações também são impecáveis (como Eight Easy Steps, a música mais injustiçada de 2004).
Mas na segunda-feira, 16, no Globo de Ouro, foi foda. Não seria hora dela parar tudo e abrir um restaurante? Suas últimas declarações desmistificam e a afastam de seu potencial pertubardor, roqueiro, gritante e descontrolado, aliás, principais características de sua sensibilidade artística. Sua última composição é Enya (trilha do infame Crônicas de Narnia) e reflete seus desejos comuns: casamento e filhos. Declarou que vai escrever livro de auto-ajuda. Alanis, sempre Alanis. Alanis Morissette pensa que amadureceu. Na verdade envelheceu.
Será que o pior aconteceu: Alanis é a nova Celine Dion!?!
Devo abandonar minha primeira ícone ou deixar ela gozar a vida? Indiferente da resposta, como diria DaniBlue: é o fim dos tempos!

7 comentários:

Anônimo disse...

Nossa, eu pude sentir no seu tom toda a decepção, eu gostava muito dela no início, mas deu pra perceber que vc a curtia bem mais. É bem louco este lance de fazer sucesso e surtar como sucesso, não sei nem se este é o caso dela. Olhando assim pra foto que vc postou e tentando entender, acho que o máximo que podemos dizer é que uma mulher, buscando identidade, se procurando , acho que não envelheceu não, está imatura e insegura, mas quem sou eu para analisá-la, mas é uma pessoa procurando se achar. Musicalmente foi chato vê-la regravar o Crazy que foi tão bem defendida pelo Seal, e a interpretação dela não é exatamente uma releitura, é Crazy na voz da Alanis, acho que algo dela se perdeu pelo caminho tumultuado da vida de pop star. Só desejo que ela se encontre, afinal aquele papo de Deus em Dogma não era sério, não é?
Mas de tudo, o que se curtiu nunca deixa de ter importância, nunca msm, fique em paz, quem sabe aquela Alanis esteja escondidinha e um dia volta à tona!
Beijos

André disse...

Pela primeira vez reescrevi um post. Falar desta garota é difícil. Muita admiração, identificação e ao mesmo tempo, decepção. Não por ela não ser Rock, mas por ser cada vez mais infame. Enfim...

Anônimo disse...

Let it be...

Anônimo disse...

É msm difícil entender, ela era uma pessoa, um ícone como vc bem disse, e mais que isso, alguém que fazia diferença, única na sua forma de ser, agora optou por ser apenas mais uma, é isso é um grande equívoco, ela vai ser mais um rosto dentre milhares, ela quis ser igual, que pena msm!
Mas tá aí, ela tem direito, ela se encontra, um dia...

Anônimo disse...

É André, o tempo passa...

*

Não é possível gostar para sempre da banda que vc mais amava aos 16 anos. Agora vc tem que encontrar a banda da sua vida adulta. Esse seu relato sobre a Alanis é mais ou menos o que aconteceu comigo. Teria feito mais sentido pra mim ter visto o Pearl Jam aos 17 anos, do que agora. Não foi tão louco quanto poderia ter sido naquela época. Tanto é que não suporto mais ouvir falar da turnê deles no Brasil. Me irrita.

*

Agora, essa foto da Alanis loira, o que é isso? Eu não acompanhei essa "fase" dela!

*

A Alanis ainda é capaz surpreender. É plausível a capacidade de desagradar aos fans, do que ser um Aerosmith da vida e passar a vida inteira fazendo as mesmas coisas.

Anônimo disse...

então, a questão não é ser ou deixar de ser "brega"... acho que sem dúvida ela foi e é um tanto piegas. Só que com "jagged" a gente se identificava por ser adolescente. e no fim das contas, o tempo passou e a gente cresceu (nesse a gente eu incluo ela) e tomou rumos diferentes... sei lá, é como ver um amigão de infância que não tem mais nada a ver com você, e a sensacão terrível que isso dá no estômago. pelo menos pra mim é assim.

Anônimo disse...

kra pra mim a alanis é sempre alanis, eu amo essa mulher e todo o trabalho dela, ela é sempre d+, não concordo com essas críticas não e tambem não concordo com vc ficar colocando isso na net pra todo mundo ver e ler, se vc não gosta dela problema seu, tenha respeito a ela se vc já realmente curtiu o trabalho dela... Danielle Aquino