terça-feira, novembro 29, 2005

punk por alguns instantes


Estive na presença de um ícone do rock. E enfrentar ícones é foda. Porque tudo faz sentido.
De tudo que eu já vi em palco, de todos os shows que já pulei na vida, de todos os artistas que estive em performance ao vivo, garanto: o Iggy Pop foi o maior deles.

Foi ontológico (e esta palavra nunca fez tanto sentido).

Foi querer quebrar tudo. Pular e dar socos no ar. Explodir de gritar que não sou cachorro não. Rir do nada, logo após impressionar com a confusão e admirar a facilidade do Camaleão em enfrentar a multidão.
Eu não conheço o trabalho dele, não tenho disco nem pôster no quarto. Mas virei fã.
Depois de Iggy, seria impossível fazer um bom show. Seria, porque depois dele rolou algo sônico, com o perdão do trocadilho. E, com suas guitarras tocadas como se fossem mulheres durante um transa espetacular, fizeram música de prima. Pena que o som estava baixo demais, mas não tão baixo que não nos tirasse do chão e viajássemos por essa juventude inspirada. Sonic Youth detonou.
Já o NIN decepcionou total. Só vou comentar que: não rolou The Perfect Drug, apesar que devo admitir que Hurt foi emocionante.
Mas Iggy & The Stooges roubaram a cena! Ladrões Mother-fuckers!

domingo, novembro 20, 2005

eu odeio comprar shampoo


Assim como na maioria das pessoas, da minha cabeça crescem cabelos. E, eventualmente, eu tento lavá-los. A dificuldade surge ao comprar o produto químico ideal para tal.
Os fabricantes de shampoo vivem num universo paralelo, onde as pessoas esperam coisas um tanto quanto bizarras de seus cabelos. Os modelos disponíveis no mercado mostram o quão distantes da minha realidade estes industrais estão. Ao me deparar com uma prateleira cheia de cores e sabores (!) de shampoo, vejo várias opções, mas nehuma delas está dentro da minha previsão do que seria um shampoo (e um condicionador, por tabela).
Eu procuro uma coisa muito simples destes produtos: que lavem meus pêlos!
Eu definitivamente não quero que eles brilhem! Na boa, alguém já viu um cabelo brilhar?! Eu nunca, e fico feliz por isso. Imagine que saco ir ao cinema com alguém que tem os cabelos brilhantes! Seria o caos!!! Favor desligar os celulares e colocar chapéu se sua cabelera erradia luz!
Alguns outros prometem volume. Volume!!! Como assim? Eu não quero voltar a década de 60 onde cabelos-capacetes eram a sensação de toda festa. Nem ao menos aderir ao movimento Black-Power!
As variações de cheiro me assustam. Além de todas as flores possíveis existem as variações de fruta! Sabor de fruta? Cara, e se eu encontro a Magali no meio da rua? Explicar praquela comilona que é só um shampoo não ia funcionar.
Alguns são piadas prontas, tipo aquele que é pra cavalo. Eu prefiro os produtos criados para a minha espécie.
'Mais vida ao seu cabelo' acho uma dos slogans mais bestas. Na verdade é meio místico, algo como a Medusa. Mas quem em sã consciencia quer ser Medusa? Se bem que este pode render um bom filme trash, daqueles em que parte do corpo se viram contra os "donos" e contra a sociedade a qual "vive", algo na linha de Língua Assassína.
Mas o que mais me irrita é que estes chefes das multinacionais de empresas de beleza compram aqueles malditos livros de marketing vagabundos do Philip Kotler, e resolvem aplicar suas teorias estúpidas em suas linhas de produtos. Resultado: quando finalmente consegui achar um shampoo que aparentemente não fazia nenhum dos males acima citado com meus cabelos, ele dasaparece dos supermarcados. Na verdade ele muda de embalagem e fórmula uma vez por mês! Sem brincadeira, nas últimas 3 vezes que tentei comprar o mesmo produto, tive que perder alguns minutos procurando! E quando eu encontro, lá estão as malditas palavras chaves-clichês: Nova Embalagem ou Nova Fórmula!
Que porra, eu não quero nada novo!! Eu gostava da fórmula antiga! Que ódio!
Comprar ítens diários é mais dramático que imaginava.

quarta-feira, novembro 16, 2005

o silêncio


Tem coisa pior que a espera?
Acompanhar um blog é um sinal de ligação íntima com seu escritor.
É uma decisão única e pessoal que fazemos ao ler algumas linhas de um texto errado e estranho, mas por algum motivo além das explicações lógicas e motivações óbvias, começamos a acompanhar.
Colocamos como favorito um ser que não trocamos confidências, mas que conhecemos como ninguém. Alguém que não nos reconhece na rua, mas nos entende.
Poderíamos ficar atualizando por horas a mesma página, na expectativa de ser o primeiro a ler as novas de nosso amigo virtual.
Mas disso tudo tem uma coisa que é MUITO ruim:
a desatualização;
o descomprementimento com o diário;
a não-atualização todo dia.


Diante deste e de outros tantos, como os dias cheios de acontecimentos mil, bebidas, festas, visitas ao hospital e dúvidas existenciais constantes: prometo atualizar mais estes meus dias!

Ps: Feliz dia XV pra todos, esse feriado tanto minha rua!! :-)

quarta-feira, novembro 09, 2005

um bonde chamado curitiba


Depois de seis noites acordando no meio da madrugada, confuso com tempo e espaço, finalmente cheguei à minha cidade natal. Durante esta quase-semana, revi alguns momentos da viagem e me deparei com uma tal rotina. Ficar um mês longe das atividades diárias foram mais impactantes que previ.

Os tempos de pernadas em badaladas capitais do mundo diminuiram o tamanho da cidade-luz. Fizeram com que idéias incompletas ficassem sem nexo, modificaram o plano de vôo, tiraram os vagões gordos dos trilhos tortos. Trinta dias lá fora, e aqui dentro, agora. Como uma onda no mar.

terça-feira, novembro 01, 2005

start spreding the news...


I'm leaving today!
E' o fim dos tempos de viagem. O tempo e espaco em Nova Iorque e' extraordinario.
Nao vi nada, ao mesmo tempo em que meus seis dias aqui foram repletos de experiencias unicas. Compras, pessoas bizarras, baladinhas cinematograficas. Sair na rua e dar de cara com Spike Lee. Tomar cafe da manha no Mc da Times Square. Querimar a lingua de capuccino do Starbucks. Andar nas ruas geladas, andar nas ruas quentes.
A viagem ja esta no fim, mas Nova Jorque esta' apenas comecando.