quinta-feira, novembro 30, 2006

ah, o amor

Nas internet da vida, entre um click e um link, encontrei essa animação de Jan Svankmajer (Czech Republic). Afinal, não existe nada mais inspirador do que o amor!

terça-feira, novembro 28, 2006

comportamento humano³


Atualizações atrasadas, tempo bagunçado. Algumas coisas começam a tomar corpo em casa (fôrmas novas, posterês à caminho do enquadramento e sofá encomendado). Mesmo assim, não consegui chegar à plenitude do controle temporal.
Nos últimos dias, três obras me atingiram:

A revisão da Nova Onda do Imperador provou que desenho animado propriamente dito é mais atraente que a tal 3D (que a cada dia estréia mais-do-mesmo). Várias surpresas num olhar mais antento: personagens apaixonantes, situações inusitadas e um timming impecável; simplesmente hilário!
Timming que, aliás, é dominado por Will Eisner. City People Notebook deveria estar na bibliografia básica de qualquer curso de Humanas! Os traços de Eisner não apenas captam a essência da vida na cidade, mas como transportam para o papel o sentimento, ângustia e felicidades urbanas de forma soberba. Toda a lógica de como passar uma cena prum desenho, em uma história ou simples rabiscos estão nas páginas desse livreto, com um domínio impecável dos recursos quadrinísticos.

Surpresa também ao conhecer uma obra do pai da Marina Person. O Caso dos Irmãos Naves é frio e humano. Filme de tribunal, com história real e situação inédita. Questões políticas, sociais e doutrinárias se enfrentam nesse que é um retrato da história do Brasil. Belas personagens, a vida do interior, a covardia, a repressão e os dramas presentes em qualquer cidade brasileira. O medo e a dor de toda uma nação. Filme que tem uma força questionadora pulsante, que fez sair do cinema com vontade de devorar livros de Direito e voltar à Ordem. Um filme de paixão, com paixão. Foda mesmo.

sexta-feira, novembro 24, 2006

adeus, adeus, adeus


Quando entramos num projeto, não percebemos a magnitude e como o projeto acaba se tornando nossa vida. Assim mesmo, do nada, uma nova profissão, entrar num curso ou começar a fazer um exercício: isso vai ser você. Te define. Algo como: você é o que você faz.
E se a vida que levamos é essa de atos diários: é isso que sou? E se eu não quizer ser isso o que faço, como mudar?
Uma frase em A Prairie Home Companion, dita pelo vilão fodão da história, está até agora ecoando na minha cabeça: para que você consiga achar uma nova vida, tem que perder a sua antes.
Nesse amontoado de persoangens criados nesse filme, onde a paixão de uns se mistura com a morte de outros, com a vida, alegria e tristeza: tudo num mesmo bolo.
E quando chegamos ao fim da vida, ao fim de um projeto, percebemos a beleza de tudo que passamos e o quão importante é estar ao lado de quem importa, fazendo o que você quer.

Além de tudo isso, esse filme é uma bela forma de se despedir do mundo. Nos cinemas, a última obra, o suspiro final, um filme sobre despedida.
Ciao!

domingo, novembro 12, 2006

emoções visuais


Semana passada descobri a tv. Como é bom televisão!
A televisão aberta curitibana, com seus canais comunitários, religiosos, de compras e as retransmissoras nacionais, é tão interssante e divertida que mesmo sem sofá em casa, tem me roubado alguns minutos de meus últimos dias.
As novelas estão incríveis, as propagandas verdadeiras aulas.

Espantoso ver como a televisão local é reflexo de seu povo. E Curitiba produz muita televisão. De entrevista com Zeca Camargo falando de seu último livro no meio de um Shopping, à comerciais hilários de lojas em promoções, o tal do 2084, que depois de horas em comunidades do orkut, finalmente consegui entender alguma coisa. até os conhecidos e inovadores produtos Polishop. É grátis, incrívelmente bom e inspirador.
Outro lugar que tá foda ultimamente é o cinema. MUITA coisa por lá. Fiquei de cara ao perceber que não tinha comentado do último De Palma por aqui!
É uma dádiva poder ver Dália Negra nos cinemas.

Um filme impecável, com cenas absurdamente bem montadas, história real de terror fantástico, investigação policial de tirar o fôlego. Pra rever algumas vezes.

Esse aí fez novamente um filme absurdo! Os Infiltrados é de cair aos joelhos e arrancar os cabelos da cabeça. Chorar por viver, chorar por morrer. Não, não é um drama. Um thriller com tomadas certeiras, ritmo cativante, atores explodindo em interpretações apaixonantes, belas referências musicas e uma complexidade de relações mais que fantásticas.

Dobrando à esquina está Volver, que tem um bando de espanholas refletindo sobre a vida e morte severina.

Na verdade não! Tem a Penélope Cruz nessa sensível comédia/drama sobre traumas, relações maternas, responsabilidades e, é claro, sentimentos.
Com tudo isso pros olhos verem, fica difícil colocar óculos escuros!

terça-feira, novembro 07, 2006

finados


Meio do Caminho, originally uploaded by picbrasil.

Algumas impressões de Sampa desse feriadão. Essa foto é a ida, e no flickr tem mais algumas fotos que ilustram esses dias cheios de Mônicas, artes, estradas, conversas, amizades e um imenso nó na cabeça que até agora não consegui desfazer.

sábado, novembro 04, 2006

wake up


Quinta-feira foi finados. E logo de manhã cruzei um cemitério, onde dezenas de pessoas pensavam em outras pessoas importantes. Carregavam flores entre os braços e lágrimas escorriam dos rostos. Um feriado feito para reflexão, lembranças, sentimentos e emoções. Um dia que amanheceu cinzento, onde o caos tomou conta de aeroportos no Brasil inteiro. E, de manhã, eu dirigindo sozinho numa cidade estranha. Quinta-feira não existiu.
Encontrei um universo tão poderoso quanto apaixonante.
Ainda não consegui processar todas as informações de quinta. Não por menos: mergulhei num novo mundo. Mundo de possibildades, de definições, de sonhos.
Afinal, não é todo dia que conheço Papai Noel.
Não é um dia comum quando este bom velhinho confirma que a magia domina o globo.
Que este ser tão especial estende a mão e diz que é possível.

Um imenso portal começa a abrir.
Ainda não consegui processar todas as informações de quinta. Porque depois de quinta, tudo é possível.