terça-feira, maio 30, 2006
sem alma
Que Monalisa, que nada! A galera gosta mesmo é de Mutantes! Não só da banda, que voltou num show que, pelas poucas imagens que vi, parece estar mais foda que nunca. Tô falando da continuação da continuação de X-Men, estourando as expectativas e vendendo muito mais pipoca que o tão esperado e comentado Código da Vinci.
Nem tinha postado nada sobre o filme homônimo da obra de Dan Brown, por mais que tenha me interessado pela polêmica toda, instaurada até mesmo em meu singelo blorg. Mas o fato é que esse será um filme esquecível. A história realmente é muito boa. Toda uma teoria doida envolvendo Jesus e Smarts. Mas falta algo. Assim como a segunda seqüência do filme sobre os alunos do Prof. Xavier.
Tem gente que diz que esses filme foram marqueteiros, outro diz que são dirigidos por máquinas. Pois eu digo que faltou tesão, faltou esforço e principalmente inspiração.
De tudo isso, salva-se Rebecca Romijn, na pele (literalmente) de Mystique.
terça-feira, maio 23, 2006
eu acredito no semáforo
O subdesenvolvimento do Brasil está nas pessoas desrespeitarem o farol pra pedestres. O total descumprimento com a luzinha vermelha que proíbe a travessia de uma rua apresenta toda a filosofia que nos permite classificarmos como um país de 3º mundo. Porque é desse fato aparentemente banal que identificamos nossa natureza ogra; sem regras; primitivos em nosso comportamento.
Não cumprimos nossas regras. Com as mais variadas desculpas, fugimos da responsabilidade de aceitarmos as condições por nós mesmos estipuladas. E inventamos desculpas tão consistentes que acreditamos nas mentiras e ficamos com a mentalidade tranqüila em nossas infrações.
Quando temos lei, ou sinalização, é feita nas coxas; sem a devida pesquisa. As placas seguem a regra do criolo doido; os postes são colocados aleatoriamente, e as pinturas são realizadas sem nenhuma lógica aparente. Em suma, a total ineficácia do sistema.
E por termos a consciência que nossas ruas não tem faixas, que as estradas são tortas e que as leis são escritas por analfabetos, simplesmente ignoramos sua existência.
Nos posicionamos acima destes defeitos, acima das redações imprecisas das leis, das obras superfaturadas, porém subvalorizadas, da admistração pública. Em nosso pedestal, nada disso importa, pois estamos livres de todos, soberanos de julgamento, prontos para inventarmos o que quisermos pra não pagar uma multa, construir sem considerar os regulamentos do urbanismo, ou furar um sinal à noite.
A conseqüência? A inexistência de garantia, de segurança, de civilidade. E quando somos presenteados com uma avenida sinalizada, desconhecemos e não nos importamos com aquele sinaleiro especialmente colocado encarando aqueles que estão à pé; E com todos nossos vícios de conhecimentos, taxamos o aparelho de ‘luxo’, e continuamos a atravessar a rua quando ‘achamos que dá tempo’. E nisso segue: o motorista não vê as faixas brancas, os pedestres tampouco e o caos se estabelece no centro da cidade.
Nação sem regras, que não respeita as poucas que tem e faz de tudo para atravessar a rua fora da faixa.
quarta-feira, maio 17, 2006
conquiste o mundo
Auto-controle é meta.
E tô conseguindo atingir.
E com ele, grandes avanços, continuidade de pequenos projetos e a certeza de que esse ano, além de ser o mais rápido de todos os tempos, carrega uma monstruosidade de novidades. E, principalmente, um caminhão de autonomia.
A começar pela tardia liberdade financeira, que, apesar de trampando e independente há 7 anos, só hoje criei uma carta de crédito em meu nome!
Pela escolha sonora, com a descoberta de Oingo Boingo! Ainda não saí do 1º CD da banda, porque é muito foda! Parece com tudo de uma forma tão unica quanto divertida.
E nessa semana de dias tão completos, de queijo-quente no café-da-manhã, de manhãs frias na Rua XV, de almoços rápidos pela Boca Maldita, de figurinhas pra trocar, de contas a pagar e agenda pra consultar, passo por aqui pra dizer: Olá!
quinta-feira, maio 11, 2006
morte epistolar
Os projetos e sonhos se perdem. Ainda mais quando não existe definição de uma hierarquia entre os desejos, e tudo parece tão mágico quanto trágico. E no meio de uma rotina nem um pouco usual, e tampouco repetitiva, aquela ideologia fica parada no tempo, abandonada do lado da pilha de livros que não tenho tempo de ler, perto de um amontoado de gibis velhos. Mas ao menos uma vez por semana eu entrava em contato com essa idéia, e por alguns minutos podia ser astronauta. E durante esses raros momentos, os projetos eram retomados, aquela sacada genial enrolada numa idéia jamais vista, ou no caso ouvida, saía de seu beco escuro e tomava toda a sala. E brincava entre os tantos outros planos de dominação de artes, de ofícios tão queridos, de profissões emocionantes, dos empregos de ouro.
Quando não atiçamos os demônios eles não existem. Quando estamos em projetos sem sua devida dedicação, a frustração com o resultado do trabalho empurra pra longe a iniciativa. E quando penso em todas aquelas possibilidades, nada disso importa.
Perco em um mês um bonde que nunca voou. Ele nem sequer chegou perto de seu ponto final. Um trem que surgiu quando sonhava com a estrada de ferro e suas possibilidades. Onde suas pequenas voltas foram tão divertidas, porém brevemente utilizadas. Um vagão abandonado, porém amado.
Em um mês, você não ouve mais Am.
quinta-feira, maio 04, 2006
eu confesso
Quarta-feira. O que esperar de um dia tão banal e cotidiano quanto o meio da semana. Acordo atrasado, e, de manhã, vou numa reunião com a "Grande Mídia", como publicitário. Logo depois do almoço, administro empresas. No final da tarde, encontro com secretários: viro um articulador político. Ao chegar em casa, descubro que faço diferença na vida de quem mais admiro. E por alguns momentos, nada do que passei até então faz diferença. Quando tudo parecia fadado ao fim de mais um dia completamente inesperado, surge um filme, e com ele uma descoberta mais impressionante ainda:
A Tortura do Silêncio.
O grande problema do Hitchcock é que não tem como escolher sua melhor obra. Na minha lista do Orkut eu cito A Corda ou Festim Diabólico. Até semana passada estava com a idéia fixa de mudar para Disque M para Matar. Mas depois desse filme de quarta, não tem como: é tudo muito foda. Nos extras dizia que esse é um dos trabalhos menos conhecidos do cara; porém é impecável, perfeito. Cenas muito bem trabalhadas, cortes decisivos, interpretações afiadas, fotografia alinhada, roteiro amarradão...enfim: um Hitch!
Dos créditos iniciais (seqüência da seta), aos olhares reveladores, a imagem que revela as intenções e expande a milhares de interpretações; uma orquestração certeira dos elementos cinematográficos. Incrível.
terça-feira, maio 02, 2006
feliz ano novo
Enquanto surgem discussões em programas de tv, uma amiga fica fula quando percebe que faz parte e eles se multiplicam como Gremlins numa banheira, tento explicar de onde vêm, rio com o medo de outros e no fundo não me importam com as declarações ou previsões de fim do mundo, ou fim do rock.
Se fazem a cabeça de jovens por aí, beleza. Antes isso que Enya, Skank e aquela banda mineira que de tão tonha não devo nem citar por aqui.
O som pode até parecer igual para os não iniciados. Tal qual reggae, techno, punk.
Ok, ok, antes que anônimos me persigam pelas Web 2.0 da vida: não sou Emo. Assim como não sou indie, grunge nem funqueiro (apesar das divergências). Tem coisa interessante por aí. My Chemical Romance tem um som específico, visual poderoso e músicas tão dancantes quanto qualquer outra banda indiazinha que surge a cada dia.
Nessa semana em que finalmente começa meu ano, entro em 3 cursos ao mesmo tempo(!). E declaro: Com vinagre não se apanha mosquitos
Em festa de macaco inhambu-chitã não pia
Praga de urubu não mata cavalo gordo
e
Quem não chora não mama !
Assinar:
Postagens (Atom)