quarta-feira, junho 29, 2005

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O frio na barriga domina.
Em poucos instantes vai começar minha banca. O resultado final deste último ano de pesquisa vai ser julgado, analisado, triturado e desossado.
A vitória ou derrota não imposta agora. Quero que chegue minha vez.
Quero falar dos Shoppings, gritar sobre função social e respirar aliviado sobre espaço de sociabilidade. A dúvida deste momento, a ansiedade em estar pronto.
Já não consigo ficar em casa repetindo meu texto, repassando os conceitos.
Que chegue o fim. E que chegue bem!

ps: só sei que indiferente de tudo estarei no Sucatão hoje, soltando som pra quem estiver no bar, comemorando ou chorando as mágoas de conquistas e derrotas.

quarta-feira, junho 22, 2005

o mito desconstruído


Toda idéia desse novo começo está na origem.
Do enfrentamento do medo vs. justiça.
No treinamento das artes marciais e na construção da lógica dos brinquedos e das parafernálias do herói.
Mas como criar um mito já existente?
Pra quê tentar deixar real o super-herói em sua definição mais inverossímil, mística, contraditória e ideal?

Batman já tinha sua versão definitiva no Cinema.
Afinal, como pode ser real a idéia de uma cara que se veste de morcego em Gotham City? Torna-lo real não faz sentido! O resultado foi uma Gotham City sem personalidade nenhuma! Seu centro é típico de uma capital norte-americana, tipo Boston, com prédios sem vida alguma. Já a periferia parece uma favela brasileira. Desastroso. A trilha sonora de Begins é inexistente! O magistral tema de Elfman para as versões 89 e 92 é um hino ao personagem. Batmovel? Aquela geladeira com rodas é estúpida demais!
Nem tudo é lixo em Batman Begins. O Espantalho está um ser medonho quando usa máscara (apesar de sem sentido/motivação de ser e existir). A visão do Batman pelo Espantalho também ficou assustador. Porém a meia hora inicial do filme é totalmente desprezível! E aquele mané que supostamente era pra ser o vilão do filme?
O que mais me preocupa é o final do filme, que fede a uma continuação. Refilmar Batman enfrentando Coringa vai ser difícil de engolir!

segunda-feira, junho 20, 2005

a morte manda recado ou hora marcada para morrer


Está definido o dia em que enfrentarei a Dona. O momento defender a Bendita.
Aquela hora em que estarei sendo avaliado pela última vez na faculdade e pelo meu maior e mais trabalhoso projeto: minha monografia!

Ontem à noite eu percebi o quanto perto estava perto do fim. Estarei longe das desculpas da faculdade e jogado de vez para a vida adulta. Estou com o pé na cova!
A Banca é pública e quem quiser ir ver meu extermínio, minha tortura e meu julgamento final, será bem-vindo.
Até mesmo porque, também está confirmado a comemoração ou a depressão no Sucatão Bar logo em seguida!

Afinal das contas, dela não há como fugir!

A BANCA DO ANDRÉ

A FUNÇÃO SOCIAL DOS SHOPPING CENTERS: Questões sobre o novo espaço de sociabilidade.

29/06
17h00min
Sala 132 Unibrasil

terça-feira, junho 14, 2005

the king is not dead

Dentro de uma das 4 camionetes pretas estava o ser, que segundo o repórter, é 1 das cinco pessoas mais importantes do mundo. Ao menos é uma das mais reconhecidas e influente culturalmente. Quem não conhece Michael?

Quem nunca tentou fazer um Moonwalk?

Quem mais se auto-intitularia Rei do Pop?


O ícone maximo da música pop tava numa pior. Seu último cd de inéditas demorou pra sair, custou milhões e não vendeu nada! A coletânea de Number Ones, vendeu uns 6 milhões, pouco pra Michael Jackson. Shows desmarcados, aparições públicas pitorescas e circenses. E veio aquele documentário infame. De freak, doido, infantil, passou pra pervertido. E esse processo. As opiniões se dividiram entre as provas e acusações.

Mas ontem acabaram as dúvidas. Todos respiraram aliviados. Michael é inocente. E que volte a trabalhar!
ps: Difícil selecionar imagens pr’sse post. São muitas!
ps2: Isso foi uma das coisas mais engraçadas da tv desse ano. Um programa inteiro só pra mostrar esse sócia! Muito cômico!

segunda-feira, junho 06, 2005

As faixas brancas


Presenciei um pacto. No palco uma performance impecável.
O paraíso foi pano de fundo na apresentação da dupla White Stripes, que fizeram 1h30min de barulho em formato de música. A dupla domina o palco. Conversam com os instrumentos, trocam provocações com a platéia e fazem uma interação psíquica entre irmãos. Jack é o maestro: determina a ordem das músicas, o tom, o ritmo, as paradas, os diálogos, a voz e a soma. A experiência com outros sons além da guitarra, vocal e bateria mostrou potência e domínio do rock, seja ele country ou blues. Xilofone, piano, sininhos. É uma orgia de sons: único, harmônico, pesado, inspirado, emocionado, espiritualizado, sobre-humano e, demoníaco.

Reclamo de Seven Nation Army, tocada no bis a pedido da platéia que gritava “Oh, Oh oh oh oh ooh, oh”, seguindo o riff. O resultado foi desastroso, pela assustadora semelhança com aquela versão dance-cretina do refrão ao som de batidas estúpidas. Este foi um detalhe afastado pelo quebrado e transcendental solo de guitarra que calou a boca dos manés que insintiam em cantar aquele “oh oh oh” dos infernos!
Meu irmão disse e concordo: faltou coisa. Muita coisa. Principalmente The Hardest Button to Button.
Estive diante da formação musical mais influente, hipnotizante, devastadora e incrível da minha era.

sábado, junho 04, 2005

A vida marinha


Em Sampa, finalmente conseguir ver o “Life Aquatic” do Wes Anderson.
Personagens carismáticos no mesmo barco, na liderança de um ser decadente que não consegue sustentar uma relação familiar, nem consegue continuar seu trabalho.
Neste filme temos novamente a repetição de alguns detalhes do Tenenbaums, um misto de comédia e drama. Mas neste a equação se desequilibra e a comédia se sobrepõe.
O filme tem também mercha do Seu Jorge, que domina até nos créditos finais. Mesmo assim, no decorrer do filme ele ta meio deslocado; ele toca seu violão por apenas alguns instantes e logo sua música some no bg, sem tempo pra dizer nada. Mesmo assim Bowie, em versão original ou não, é foda!
Um filme a ser revisto.

No sábado, 4, rolou o Henry Moore na Pinacoteca.
De tudo, essa aí foi a obra mais marcante. O primeiro dos novos ou último dos antigos, o trabalho desse cara influenciou muita coisa, principalmente a escultura brasileira.
E esse, é o “Rei e a Rainha”. Triunfal e demoníaco. Assustador.
Logo mais tem mais demônio por Sampa. O Rock. Mais isso só no próximo post!