quarta-feira, fevereiro 23, 2005
André, o Publicitário
Eu assumi: sou publicitário. Semana que passou essa minha profissão foi um passo a frente de se tornar apenas um criador freelancer: fechei contrato com uma grande mídia. Um dos maiores jornais do Brasil, a Gazeta do Povo, agora vai publicar anúncios de responsabilidade direta de André.
Ok, não vamos entrar no mérito de qualidade jornalística dos textos e pautas do jornal, pois isso não tira o impacto dos anúncios em seu público. Mas, fora esse papo de marketeiro medonho, vamos ao que interessa: pra que diabos isso é tão importante?
Porque é mais uma atribuição. Mais trabalho. Menos tempo de bob. Mas também, mais grana!
Significa encarar um projeto solo, criar uma conta de banco PJ.
Agora só falta o cartão de visita.
sábado, fevereiro 19, 2005
Último primeiro dia de aula
Ok, ok, prometo que meus posts vão ser mais curtos. Ninguém lê os posts gigantes, mas é que eu me empolgo mesmo. E essa semana veio atropelando tudo. Tô com uns 3 posts atrasados: tô escrevendo sobre a segunda na sexta!
Na segunda-feira foi meu primeiro dia de aula, pela última vez. Tá certo que as últimas férias nem foram tão férias, visto que trampei um monte, aliás mais do que em dias de aula.
E começo de aula sempre surge um frio na barriga. Mesmo na última vez. E cada vez dura menos esse frio de volta às aulas: o que demorava um mês para virar rotina, agora demora algumas horas, mais ou menos até que o professor comece a falar sobre a matéria. Porém, há uma grande diferença: só mais esse semestre! E, pensando bem, vão ser poucos dias de aulas de fato, descontando os dias de prova, apresentação e faltas...
quarta-feira, fevereiro 16, 2005
Grammy 2005
Premiações são eventos interessantes. Pouco importa quem ganhe, quem cante ou quem é homenageado. Vale a festa, a discussão em torno de quem deveria ter sido indicado, ou quem injustamente levou o troféu e as glórias. É tudo uma grande desculpa pra num dado momento do ano, pessoas de reunirem e falarem sobre o tema proposto. E que mesmo assim, ninguém veio aqui em casa assistir. Mas comento mesmo assim:
O Grammy esse ano teve a maior cara de VMA´s, com 24 apresentações musicais. O 1º show foi com cara de VMB, uns duetos, trietos ou sei lá o que foi aquela união de músicas pop que mostraram que são todas iguais. Inclui-se na lista a infame "Let´s get started" do Black Eye Peas, que depois de ouvir umas trocentas vezes durante a transmissão, não pareceu tão mal. Odiava essa banda, mas ela pareceu menos mal.
Pontos que se destacaram foi a citação a Tom Capone na lista dos falecidos de 2004 (único brasileiro “presente” na festa), os litros de prêmios ao Ray, a infame apresentação da Jennifer com um cara espanhol muito tosco, as milhares de homenagens pelo conjunto da obra -inclusive uma a Janis, que não fez o menor sentido. Essa última foi seguida por um show de Joss Stone e Melissa Etheridge que apenas mostrou o quão foda era aquela mulher: 2 cantoras não conseguiram uma interpretação nem próxima de Janis Joplin. E quem é Melissa Etheridge? Parece que é uma Cássia Eller norte-americana. Interessante.
Uma consagrada no Grammy e que fez uma apresentação impecável foi Alicia Keys. A menina mereceu, mas que senti um "q" de Whitney Houston na voz dela, senti. Outra que desperta, e muito, a curiosidade é a Loretta Lynn, que ganhou Country e arrastou Jack White pro palco. Muito simpática e o com um trabalho que parece ser dos bão.
A parte do Tsunami foi engraçada por ver o Velvet Revolver sendo banda de fundo pra toda aquela galera, e no final, cantando junto e fazendo cara de bonzinhos.
Já da premiação que não passou na tv, Lord of The Rings ganhou trilha e música pra filme, infelizmente. Tanta trilha melhor em 2004. Mas em compensação, Britney Spears ganhou seu primeiro Grammy (!), por Toxic. Bizarro.
domingo, fevereiro 13, 2005
Million Dollar Baby
Algumas obras de arte fazem rir, outras pensar, algumas chorar. Mas poucas transcendem. Além de emoções, sentimentos e impressões, carregam em seu trabalho algo mais. Não é nada definido, alcançável por uma fórmula específica. É algo relacionado com o humano, que nos distingue, define e toca. Expressões máximas do talento ou da possibilidade de uma arte. São as Obras-Primas.
E temos Menina d’Ouro
Bote fé. Mas muita fé, acima de qualquer outra coisa, naquilo que você quer da vida.
Afinal, temos apenas uma chance nela. Só uma tentativa de ganhar o mundo. Para atingir nosso objetivo de vida, temos que ter fé nessas nossas vontades, aspirações, desejos. Fé indestrutível e inquestionável que na possibilidade de um dia ter alcançar a realização. Temos então a motivação para nos fazer tentar. E isso é suficiente para podermos dormir sossegados. Nossa chance foi certa. Temos paz de espírito. Melancolia pela inocência. Alegria pela vitória.
Lutar por esse objetivo cegamente e como foco único e sério ou passar a vida num jogo bobo, pensando no impossível e em milagres tonhos? Na segunda vez que vi o filme essa pergunta veio à cabeça, porque se estamos aqui uma vez só e que para que possamos desfrutar o máximo desse objetivo querido, tanto faz se não der certo, se errarmos ou não conseguirmos atingir o objetivo. Tentamos com todas as forças e possibilidades. A derrota é algo muito mais certo do que vitória. Mesmo assim, o desejo de vitória faz com que toda derrota seja justificada e compreensível.
Filme impecável, favorito, sensível e forte. Obra-prima de Clint Eastwood, ícone. Leve um balde ao cinema.
sexta-feira, fevereiro 11, 2005
mega post de carnaval
Sem atualizar nesse carnaval não porque viajei nem porque não tive tempo. Foi preguiça mesmo. Uma preguiça que tomou conta de André nesse começo de 2005 e que acaba hoje!
Em tempo, aqui vai um resumão do feriadão: dvd+pipoca. Sem a pipoca:
Quinta: (ok, não faz parte do feriado, mesmo assim...) Sideways. Superestimado, a única que vale é a atriz cabrocha, que está espetacular. Até a moto que ela dirige tá bem.
Sexta: Comi muita pizza! :-)
Sábado: Foi o mais melancólico dos dias do Carnaval 2005. Talvez pelo clima frio que invadiu Curitiba, fazendo que use calças em pleno fevereiro. Quem sabe foi pela pressão do "temos que aproveitar o feriado, vamos viajar, vamos curtir todas", justamente num ritmo oposto ao meu. Só sei que foi um dia que rolou uma certa deprê, que logo se curou com o Programa Am e uma sessão de Rocky. Não lembrava desse simpático filme, que além de ter sido escrito por Sylvester Stallone (eu nem sabia que ele sabia escrever!) tem cenas ultraclássicas. Bom filme, mas nada além disso.
Domingo: dia pc. O dia todo foi internet, joguinhos bestas de estratégias inúteis de dominação global. Ironicamente foi o dia em que desconectei dos problemas diários e entrei num plano de despreocupação total.
Segunda: O clima relax seguiu, com direito a banho de banheira e patinada do Barigüi. A chave de ouro pra acabar com esse dia foi rever Carrie, A Estranha, de Brian de Palma, num festival do diretor no canal Retro – toda segunda-feira de fevereiro, às 23h. Gostei da primeira vez que vi esse tratado de vingança e ilusão, e não temo em dizer que tem a melhor cena de susto da história do cinema. Filme foda, cenas estupendas, com aquilo tudo que eu já disse desse cara no meu post anterior.
Terça: Foi o dia de ir ao parque, quando finalmente o sol disse “hola” pra os curitibanos. Foi aí que eu também peguei uma cor e vi um dos piores filmes dos últimos tempos: Jogos Mortais (Saw). Sem noção, depois de uma temporada de obras primas do suspense e terror, vi que estou mal acostumado. O roteiro tem mais furos que uma peneira, os atores estão todos péssimos, com atuações tão fracas quanto idiotas, em cenas cujo maior crédito de medo está em copiar traumas de outros filmes como palhaços e monstros com cabeça de animais. Pelo menos ri de tentativas de interpretação dos atores, nem tudo foi perdido.
quarta-feira, fevereiro 02, 2005
23
Janeiro passou. E com ele meu envelhecimento, minha dia, meu aniversário.
Tequila, amigos, bolo de chocolate, conversa via webcam com pessoas do outro lado do mundo e Brian de Palma.
Vi dois filmes desse cara num período de 4 dias. Aterrorizado é um bom termo pra me definir agora. Nervos a flor da pele é o resumo da opera dos dois.
Síndrome de Caim é um terror psicológico que por mais que a história fique clara, ela muda e volta a ficar confusa e estranha.
Vestida para Matar foi um presente que acabei de rever. Também terror psicológico, onde as personagens são estranhas e nunca bem definidas.
Distúrbios de personalidade é o foco dos dois trabalhos, que levam ao sangue vermelho-catchup e, sobretudo a cenas de extrema tensão.
Não há certezas, tudo é irreal e sonho e cinema. Tudo é possível neste lugar de imagens fortes, algumas delas até ridículas de tão forçadas, mas que nada impedem e só ajudam para criar uma sensação, um sentimento de agonia, desespero e medo em cenas de tirar o fôlego. A morte da protagonista em Vestida, o acidente da mulher-infiel em Síndrome, os sonhos e cenas finais dos dois. Aliás, são filmes que não terminam! Detalhe que os deixam mais intrigantes e fascinantes.
No meio disso está André, já sem os 15 minutos de fama do aniversário e num ano que vai ter que definir seu trabalho, sua personalidade profissional. Não se tornando um psicótico que sai matando gente por aí já tá valendo!
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