o que faz um rinoceronte na praia?

Se diverte com os carangueijos, troca idéias com golfinhos dançantes, bebe uns goles com atuns alucinados. Tem um pouco de dificuldade de andar no meio de tanta areia e sol, mas fica maravilhado com o nascer-do-sol e com as belezas do universo marinho. Paga pau para os Patos Fu, e fica na festa até o sol raiar. Este gigante mamífero gordo está fora de sua Cidade Sorriso, em merecidas férias. Em Sampa, não impressionado por ser lugar distante ou desconhecido, está tranquilo. Nesta cidade monstro, com suas esquinas movimentadas e cóticas, começa a se desplugar. Finalmente!

a rotina tem seu encanto

Apesar disto, estou numa semana incomum. Nada me impede de entrar em plano alpha. Nem mesmo a viagem "de negócios" à Sampa, os atrasos da BRA, o show "de pular" e para fãs do Weezer, a apresentação auto-ajuda do Mercury Rev, a chuva que não para de cair do céu, os ingressos comprados por preços simpáticos de cambistas, a dor de garganta que quase me derrubou, injeção, ter o celular clonado pela segunda vez, visitas ao consulado italiano, presentes incríveis e inusitados, estórias absurdas da violência urbana, últimos momentos de trampo, mudanças de planos da viagem, a necessidade urgente de fazer as malas, o VMB, e um filme japonês simples e devastador, título deste post.
Não estou mais em Curitiba, nem cheguei em lugar algum. Estou com minha mente num universo paralelo, esperando e me preparando. Ufa, tô precisando mesmo de férias!

perseguido por uma pantera

Estou sendo perseguido por um felino gigante, rosa, com bigodes grandes e que fuma um cigarrilho característico.
Este animal apareceu logo depois que meu celular foi clonado, no final de semana passado. Telefone bloqueado, visitas à lojas da TIM, “atualização do sistema”, troca da placa do aparelho. E a conseqüente perda de todas as configurações de grupos, mensagens, personalização. Ao menos a agenda ficou intacta. Ao buscar o tele-movel da “revisão”, propositalmente ou não adicionaram 3 toques novos, sendo um deles a trilha-tema de pinkpanther. Já virou minha nova chamada.
Na sexta-feira meu irmão, de volta à cidade, pegou “A Vida e Morte de Peter Sellers”, sobre um ator obcecado por seu trabalho, com uma capacidade excepcional de interpretar novos personagens e de criar verdadeiros mitos. Atuou para Kubrick. E criou Insp. Jacques Clouseau, tão sem noção quanto hilariante. E trilha com filme novamente aparecem na semana de André.
No sábado, descobri Waldel. Este compositor-arranjador-músico, é um nome completamente desconhecido para todos que citei seu nome. Fui ver um documentário seguido com show deste paranaense, já sabendo que era considerado pelo João Gilberto como o melhor arranjador da Mpb e da Bossa Nova. No filme descubro que trabalhou na Globo por muitos anos, compôs muitas trilhas para novelas e que tem uma carreira internacional mais conhecida e respeitada do que a nacional. E, advinha qual trilha sonora internacional ficou sob sua responsabilidade de arranjar, enquanto passou um tempo em Nova Iorque?

Essa mesmo!
E, para completar tudo, no sábado à noite (!), fui numa produtora cultural, e lá estava o simpático personagem, ilustrando a porta do banheiro do local!

toda cura para todo mal

Entre no meu carro e você escutará Fernanda Takai cantar.
Depois de muita espera e pesquisa de preços, botei minhas mãos em um cd comprado (!) da melhor banda brasileira da década de 90. Depois de mais de 2 anos sem ter a sensação de abrir um novo Compact Disc, só voltarei a fazê-lo se o preço for justo (como no caso) ou se for uma edição especial com músicas impossíveis de achar em outro lugar.
De inicio estranhei um pouco o som Fu. Letras um tanto repetitivas, músicas estranhas, barulhos bizarros, sonoridade pop ao extremo. Um dia depois, ao ouvir as mesmas faixas, tudo mudou: tudo se encaixa!
Fun, fu e despretensioso, esse cd é foda. Gravei outros para ouvir nesta semana, mas nenhum deles fará Toda Cura para Todo Mal sair do som por um bom tempo.

eu no gibi

O Orkut mudou minha vida.
Ao ser convidado para participar do site há um ano e meio atrás não sabia que proporções as coisas iriam tomar. Inimaginável que a criação de uma comunidade fosse alterar minha vida a ponto de questionar tudo vivido até então; e pior: tudo que ainda está por ser vivido.
Eu não estava mais só. Outros adoravam coisas específicas como eu.
Descobri que gostar de Turma da Mônica ao 23 anos de idade não era tão anormal. Ao contrário: é o máximo.
Conheci os maiores ícones do meu imaginário: roteristas, os inventores das histórias incríveis e tão engraçadas quanto apaixonantes. Logo vieram os próprios personagens, em suas reais inspirações: os filhos de Maurício. Estava no paraíso.
Discussões sobre personagens, os tops 10 de melhores historinhas, experiências doidas.
Fiz até curso de desenho em quadrinhos (!) despois que entrei em contato com esse novo mundo maravilhoso.
Mas nada disso se compara ao que aconteceu na última edição da Mônica, ainda nas bancas:

Virei amigo da Tina!!
Sim, sou o André citado no 1º quadrinho. O macaco é meu ícone no Orkut. De repende, lá estava eu, nas páginas adoradas.
Valeu Paulo pela homanegem.
Obrigado mesmo! Ainda estou bobo com isso!
E como diria o Emerson:
:-P

a miracle has taken place

Etapa vencida: os dias de faculdade acabaram. Não terei mais preocupações com falta, provas, trabalhos, fotocópias, professores com egos inflamados, idiotas que se dizem colegas, bilhetinhos em aulas chatas, amores platônicos por professoras que nem sabem meu nome, pensamentos sobre o sentido da existência humana em aulas chatas de direito tributário, reflexões sobre o sistema penitenciário brasileiro, ou todas as outras experiências quase diárias de um universo Unibrasil.
Ao menos por enquanto, até decidir qual(is) será(am) o(s) próximo(s) projeto(s) acadêmicos!
Além de ter que enfrentar a merda da prova da Oab, de novo.
Mas hoje são tempos de festa: Iggy Rock, Centro de Convenções, Baile e Sushi.
Noites onde eu serei pop. Serei o dono da fábrica.

Beberei despreocupado com o futuro pelas conquistas desse passado faculdade. Cinco anos e meio de novos amigos, de enormes revoluções pessoais, e de definições profissionais. Vamos todos beber em meu nome. Afinal, eu mereço!
:-)