terça-feira, maio 08, 2018

vasos comunicantes

Preciso saber o nome deste pedreiro.

Esse senhor cuja interferência privada na esfera pública alcançou o órgão máximo em sua cidade. Questionou políticas públicas e forçou mudanças concretas.

Político eficaz com reflexos diretos na vida da comunidade.

Cujas instalações viraram notícia, impactaram e geraram reflexos, debates e mudanças.

Afinal, a espera é uma merda.

Esperar é individual, solitário, agoniante e íntimo. Ao mesmo tempo, Coletivo.

Seria talvez um elogio ao improviso?

Quantos outros Zés por aí não inventam soluções com seus poucos materiais, ferramentas e orçamentos, entre os reparos de torneiras e respingos de goteiras?

Numa tendência global dos últimos termos politicamente corretos. Na esteira do reaproveitamento, do menor impacto ambiental, do reuso dos bens, da reciclagem socialmente consciente.

Artista de vanguarda.

Ressignifica objetos diários. Ducham fez o mictório. O pedreiro fez melhor: colocou arte na rua e ainda sentou em cima. Tornou o descontexto útil, incômodo e extremamente revolucionário.

É o herói cotidiano subversivo que toda essa terra de Colombo precisa.

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