quarta-feira, junho 22, 2005

o mito desconstruído


Toda idéia desse novo começo está na origem.
Do enfrentamento do medo vs. justiça.
No treinamento das artes marciais e na construção da lógica dos brinquedos e das parafernálias do herói.
Mas como criar um mito já existente?
Pra quê tentar deixar real o super-herói em sua definição mais inverossímil, mística, contraditória e ideal?

Batman já tinha sua versão definitiva no Cinema.
Afinal, como pode ser real a idéia de uma cara que se veste de morcego em Gotham City? Torna-lo real não faz sentido! O resultado foi uma Gotham City sem personalidade nenhuma! Seu centro é típico de uma capital norte-americana, tipo Boston, com prédios sem vida alguma. Já a periferia parece uma favela brasileira. Desastroso. A trilha sonora de Begins é inexistente! O magistral tema de Elfman para as versões 89 e 92 é um hino ao personagem. Batmovel? Aquela geladeira com rodas é estúpida demais!
Nem tudo é lixo em Batman Begins. O Espantalho está um ser medonho quando usa máscara (apesar de sem sentido/motivação de ser e existir). A visão do Batman pelo Espantalho também ficou assustador. Porém a meia hora inicial do filme é totalmente desprezível! E aquele mané que supostamente era pra ser o vilão do filme?
O que mais me preocupa é o final do filme, que fede a uma continuação. Refilmar Batman enfrentando Coringa vai ser difícil de engolir!

Um comentário:

Anônimo disse...

O engraçado é que as pessoas que falam mal de Paulo Coleho gostaram da filosofia vagabunda do início do filme.
Nikola