quinta-feira, maio 11, 2006

morte epistolar


Os projetos e sonhos se perdem. Ainda mais quando não existe definição de uma hierarquia entre os desejos, e tudo parece tão mágico quanto trágico. E no meio de uma rotina nem um pouco usual, e tampouco repetitiva, aquela ideologia fica parada no tempo, abandonada do lado da pilha de livros que não tenho tempo de ler, perto de um amontoado de gibis velhos. Mas ao menos uma vez por semana eu entrava em contato com essa idéia, e por alguns minutos podia ser astronauta. E durante esses raros momentos, os projetos eram retomados, aquela sacada genial enrolada numa idéia jamais vista, ou no caso ouvida, saía de seu beco escuro e tomava toda a sala. E brincava entre os tantos outros planos de dominação de artes, de ofícios tão queridos, de profissões emocionantes, dos empregos de ouro.

Quando não atiçamos os demônios eles não existem. Quando estamos em projetos sem sua devida dedicação, a frustração com o resultado do trabalho empurra pra longe a iniciativa. E quando penso em todas aquelas possibilidades, nada disso importa.

Perco em um mês um bonde que nunca voou. Ele nem sequer chegou perto de seu ponto final. Um trem que surgiu quando sonhava com a estrada de ferro e suas possibilidades. Onde suas pequenas voltas foram tão divertidas, porém brevemente utilizadas. Um vagão abandonado, porém amado.

Em um mês, você não ouve mais Am.

5 comentários:

Anônimo disse...

Ah, que pena!
Triste isso!
Qualquer coisa que se diga numa hora destas não consola, então, apenas dizer que é triste msm abandonar um sonho. Isso é aprender a viver, a fórmula pra se viver dentro das regras é esta, saber suportar e como lidar com as perdas, assim manda o manual não é?!
Nem por isso a gente vai ficar imune de sentir, não tá no manual, mas, como não sentir?
Então só posso ficar triste daqui tbm e torcer pra que daqui um tempo um novo sonho faça vc lembrar deste só com um pouco de melancolia!
Bjs

Anônimo disse...

te mandei um email de 3km. lê lá.

ĵåииå disse...

estamos bem hein ?!?!?!

e quanto ao submarino, tava sabendo já, e morrendo de raiva. e tem outra: a casas bahia vai abrir postos de turismo dentro das agências, financiando em não sei quantas vezes os pacotinhos :(

Stela disse...

Que pena, putz!
Sinto muitíssimo mesmo.Eu nem cheguei a ouvi-lo, por imperativos geográficos e técnicos (se as ondas chegassem aqui via satélite).

É foda essa coisa de querer abraçar o mundo. E não ter braços longos o suficiente.

Eu também perdi uma, meu caro. Não tinha muitas expectativas (nem vc comentou sobre o projeto). Mas ontem saiu o resultado do DocTv. E os meus 'caipiras' não estavam lá.

Cest la vie. in black.

beijo. e o memefest?

;-/

Anônimo disse...

pelo menos eu atualizei o meu, hã?